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Que show de EXPOZEBU!

Publicado em 15/06/2023

Por: William Koury Filho

Prezados leitores, espero que todos estejam bem e com a serenidade necessária para superarmos tempos mais difíceis. Estamos atravessando um ciclo de baixa, assim devemos conter a ansiedade e gerir bem os recursos com a certeza de que teremos recuperação de valores. A minha opinião: é só uma questão de tempo.

Claro que é frustrante plantar com insumo caro, seja adubo, semente ou bezerro, e vender o produto na baixa. Porém, o agropecuarista é um observador da natureza, desenvolveu a sensibilidade para compreender o ciclo de uma cultura. Ao longo dos tempos, por estudo ou experiência, adquiriu a experiência de colher diferentes resultados. O produtor empenha-se e, com paciência, otimismo e muito trabalho busca colher o melhor, ainda que possa ser surpreendido por fatores alheios como o clima, preço de mercado ou instabilidade política.

Pois é, meus amigos, o mercado também apresenta uma dinâmica de ciclos. O pensamento exposto é para refletir que, além do cuidado com o planejamento financeiro anual, os resultados no agro devem ser apurados por intervalos de tempo maiores que um único ano.

Em meio à turbulência política atual, é importante lembrarmos que já vivenciamos preços piores das commodities agrícolas, não esquecendo também que a ciência mitiga riscos e contribui muito para a evolução que tivemos no aumento de produção por área. Vale a ressalva: nos últimos anos, muita coisa boa aconteceu no Brasil.

Nosso país, além de possuir grande vocação para produção de alimentos, apresenta economia robusta, com mais de 220 milhões de consumidores, muitas riquezas minerais e naturais, grande potencial turístico e indústria potente. Ou seja, o país pode até balançar, mas não cai facilmente como economias mais frágeis da América Latina.

Em virtude dessa robustez, aguentamos muita pancada e, por isso, temos de nos manter fortes. Esse é o motivo pelo qual sempre termino esta coluna com a frase: “Vamos que vamos!”. É a minha menção positiva - sou otimista.

Mês das mães, símbolo de amor e fertilidade, Maio protagonizou a força do nosso setor com a pujança da Agrishow que, mesmo com toda a agitação “diplomática” do lançamento, bateu recordes em negociações.

E por falar em recordes, o que foi a ExpoZebu 2023! A feira foi demais: pelo movimento, pelo astral, pelos julgamentos e pelos valores negociados em gado.

Uma boa feira acontece pela liderança e participação de pessoas. Além da grande visitação de brasileiros, a ExpoZebu obteve muito prestígio por parte dos estrangeiros de diversas nacionalidades. Todos eles vieram com muita gana de participar da maior feira de zebuínos do planeta e tiveram a oportunidade de presenciar um encontro que vem ganhando maior envolvimento da cadeia produtiva da carne e do leite, com direito até a uma churrascada de primeira qualidade durante o encerramento, regada a belos vinhos e música de muito bom gosto.

Além dos visitantes presenciais, a ABCZ-TV deu um show de transmissão dos julgamentos e demais programações oficiais. Eu, realmente, gosto de participar da ExpoZebu e de ter me dedicado à função de julgar na maioria das edições dos últimos vinte anos.

Neste ano, foi a raça Sindi, gado vermelho, sadio, com um brilho especial nos pelos e com características funcionais e frigoríficas que muito me agradam; no ano passado, julguei a raça Tabapuã, mocho zebuíno desenvolvido no interior do estado de São Paulo e que também propiciou um desfile de funcionalidade exemplar. 

Por falar em ciclos, torço muito para aumentar o número de exposições de gado no país; é um momento único para troca de informações entre técnicos e criadores, brasileiros e estrangeiros, bem como para movimentação financeira do mercado.

Penso que definições mais precisas de padrões morfológicos de referência para cada raça julgada serão fundamentais para o sucesso desta retomada e o EPMURAS pode ser uma excelente ferramenta para isso. Mas aí já é papo para a próxima coluna. É isso aí! Vamos que vamos!